Georgina Benrós de Mello, premio especial

Georgina Benrós de Mello

Premio especial do xurado

A cabo-verdiana Georgina Benrós de Mello, é o premio especial do xurado á Embaixada da amizade galego-lusófona.

O xurado pon en destaque a súa activa implicación para Galiza se integrar no organismo internacional e o impulso dado ao estabelecimento de relacións con institucións oficiais e asociacións civís.

«Quando eu estudaba, em Cabo Verde, Santiago de Compostela era como uma luz que brilhaba na escuridade da Idade Media. O meu pai era apaixonado pela Historia e sempre me ficou a vontade de conhecer esta cidade; por iso é um privilégio vir já por terceira vez aqui», declarou nunha das súas visitas á Galiza, em outubro do pasado ano.

Resolución

A resolución do xurado, dada a coñecer ná véspera do simbólico 25 de abril portugués, pretende pór en destaque, dentro do proxecto aRi[t]mar galiza e portugal, aquela persoa, grupo de persoas, institución ou iniciativa que teñan contribuído a tender pontes de amizade e colaboración entre a Galiza e a Lusofonía ben como a traballar pola cultura e a lingua comúns o recoñecemento mutuo entre Galiza e a Lusofonía ou cun labor de reinserción da cultura galega nese seu verdadeiro espazo natural.

Segundo o xurado, Georgina Benrós de Mello foi unha decidida impulsora da incorporación da Galiza á CPLP como directora-xeral da mesma e durante o seu mandato mantivo un contacto permanente coas institucións oficiais galegas (Goberno e Parlamento), académicas (Universidades da Coruña, Santiago de Compostela e Vigo) culturais (Consello da Cultura Galega, Real Academia Galega) e co asociacionismo cidadá (Rede da GaliLusofonia, Academia Galega da Língua Portuguesa, aRi[t]mar galiza e portugal, Associaçom Galega da Língua, Fundaçom Meendinho). Neste sentido, a doutora de Mello deslocouse á Galiza en varias ocasións para participar en recepcións oficiais, encontros co mundo da cultura e eventos (tal como o Congreso Patrimonio e Fronteira, a Diásporas e Mobilidade Académica, ou o II Encontro de Mulheres na Conferencia Internacional Juventude, Lusofonia: Mulheres, Territórios e Memórias) que visaban potenciar as relacións culturais da Galiza dentro da Lusofonía.

BIO

Georgina Benrós de Mello, natural de Cabo Verde, licenciou-se em Economia pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa. Mais tarde, fez estudos de pós graduação com o CENFA (Cabo Verde) & FUNDAP (Brasil), e com a Graduate School of Public and International Affairs da Universidade de Pittsburgh (EUA). É Mestre em Património, Turismo e Desenvolvimento, pelo Departamento de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade de Cabo Verde, tendo defendido a tese “Museu Virtual de Paisagens de Cabo Verde – Por um modelo alternativo de turismo”.

Trabalhou como economista tanto em Cabo Verde como em Timor- Leste. Desempenhou várias funções, nos sectores público e privado, em Cabo Verde. Em Timor-Leste, conduziu o processo de instalação da agência de promoção do investimento e das exportações, tendo sido sua primeira Diretora Executiva.

Tem experiência nos setores público e privado, organizações internacionais e ainda em organizações da sociedade civil. Já trabalhou com projetos de diferentes fundos e agências das Nações Unidas. Também já trabalhou com projetos financiados pelo Banco Mundial, tanto em Cabo Verde como em Timor-Leste.

Publicou artigos em revistas especializadas e em jornais, tanto em Cabo Verde como em Portugal, para além de ter várias comunicações publicadas em livros editados na sequência de participação em conferências. É co-autora, com Ana Cristina Lopes Semedo, do “Guia do Exportador para o Mercado da União Europeia”, editado em Março de 2001 na Praia, pela agência cabo-verdiana de promoção do investimento.

Antes de ser escolhida para Diretora-Geral, exercia as funções de Coordenadora da Unidade Nacional de Implementação do programa Quadro Integrado Reforçado (da Organização Mundial do Comércio) em Cabo Verde. Tem-se debruçado, nos últimos anos, privilegiadamente, sobre o desenvolvimento do comércio, do investimento, do setor privado, e da conexão às cadeias de valor globais.

Fonte

CPLP

Entrevistamos a
Georgina Benrós de Mello

“Em quanto exerci meu mandato de seis anos na CPLP tive diversas oportunidades de apreciar o quão próxima de nós está a Galiza”

«Quando eu estudaba, em Cabo Verde, Santiago de Compostela era como uma luz que brilhaba na escuridade da Idade Media. O meu pai era apaixonado pela Historia e sempre me ficou a vontade de conhecer esta cidade; por iso é um privilégio vir já por terceira vez aqui», declarou nunha das súas visitas á Galiza, em outubro do pasado ano.

O que a concessão significa para você do Prémio Especial aRi[t]mar do júri “Embaixada da amizade galego-lusófona”?

Agradeço a generosidade do júri ao decidir atribuir-me o prêmio especial e agradeço a Escola Oficial de Idiomas de Santiago de Compostela pela iniciativa da criação do certame Aritmar, que visa promover e celebrar a construção de pontes de amizade e de colaboração entre a Galiza e os países de língua portuguesa e um plano cultural, nomeadamente as questões da língua, mas também na música e na poesia.

Como avalia a colaboração alcançada entre a Galiza e a Lusofonia durante o seu mandato como diretora geral da CPLP?

Em quanto exerci meu mandato de seis anos tive diversas oportunidades de apreciar o quão próxima de nós está a Galiza e o quão engajados são os seus dirigentes políticos tanto a nível do executivo como a nível parlamentar, como engajada está a sua sociedade civil, a academia, o mundo empresarial, as organizações não governamentais, as organizações da sociedade civil em geral, na construção de pontes e um caminho de integração na CPLP. Foi por isso para mim com muita emoção que tomei conhecimento da decisão do júri e com humildade aceitei o prémio que me foi atribuído.

Que mensagem você passará para o público presente na gala de premiação?

Infelizmente, as circunstâncias da pandemia que prevalece no mundo desde março me impedem de estar com vocês neste momento para agradecer pessoalmente a todos porque as fronteiras continuam encerradas. Quero exprimir mais uma vez os meus profundos agradecimentos às autoridades galegas, em especial as Secretarias Gerais de Política Linguística e da Cultura e a direção da Escola Oficial de Idiomas de Santiago de Compostela. Como vocês sabem, admiro e amo a vossa cidade, e permitam-me também uma palavra de estímulo, e também de agradecimento, aos observadores consultivos da CPLP na Galiza, o Conselho da Cultura Galega e a Academia Galega da Língua Portuguesa, cujos trabalhos abrangados ao longo de todos estes anos contribuíram seguramente de forma muito importante para a candidatura de Espanha a observadora social da CPLP e a ser submetido aos órgãos da CPLP. A pandemia levou ao adiamento da cimeira de chefes de Estado e de governo da CPLP para 2021, o que impediu que esse estatuto já tivesse sido atribuído.

Acredito que o que isso acontecerá em 2021, pois co dossiê está pronto, e seguramente os nossos chefes de Estado e de governo vão aprovar e atribuíram à Espanha o estatuto de observador associado da CPLP.

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GL