Converxencias Portugal-Galiza
Premio especial do xurado
As Converxencias Portugal-Galiza son unha semana de encontro cultural, musical e literario entre as dúas beiras do Miño que reúnen en Braga, Padrón e Santiago de Compostela artistas interesados en ampliar os horizontes de diálogo entre Galiza e Portugal, celebrando o único que nos une con concertos, teatro, conferencias, presentacións e declamación de poemas.
Resolución
Santiago de Compostela, 25 de abril de 2018.- O xurado do certame aRi[t]mar da Escola Oficial de Idiomas de Santiago de Compostela acordou conceder o Premio aRi[t]mar especial do xurado “Embaixada da Amizade galego-lusófona”á iniciativa miñota Convergências Portugal Galiza.
A resolución do xurado, dada a coñecer no simbólico 25 de abril portugués, pretende pór en destaque, dentro do proxecto aRi[t]mar galiza e portugal, aquela persoa, grupo de persoas, institución ou iniciativa que teñan contribuído á divulgación da música e da poesía galego-portuguesa actuais, para achegar a cultura e a lingua dos dous países ao abeiro da Lei Valentín Paz-Andrade para o aproveitamento do ensino do portugués e os vínculos coa lusofonía, e teña tendido pontes de amizade entre os dous pobos irmáns.
Esta iniciativa nace co obxectivo de homenaxear dúas figuras importantes das letras e da música galaico-portuguesa: Rosalía de Castro e José Afonso, unidos pola proximidade das datas de nacemento e morte de ambos (24 e 23 de febreiro respectivamente). Os seus textos convértense en protagonistas cada penúltima semana de febreiro.
As orixes das Converxencias xorden en vellas conversas na Casa de Rosalía de patrón entre a cantante galega Uxía e Jaime Torres, membro do grupo musical Canto d’Aquí, que xa tiña impulsado previamente outras iniciativas en prol da Irmandade luso-galaica, como o Festival Castro Galaico de Nogueiró (Braga).
O grupo musical Canto d’Aquí ten feito un traballo moi importante na recuperación da música tradicional portuguesa e ese traballo é obvio que debía continuar co fortalecemento das relacións co outro lado do Miño. É algo que moitos bracarenses sempre viron, pero só nos últimos anos un grupo deles formado pola banda Canto d’Aqui converteu o vello anceio en realidade.
As Converxencias realízanse grazas á implicación de diversas institucións, como a Xunta de Galicia, os municipios de Braga e Santiago de Compostela, o Consello Cultural da Universidade do Minho (Braga), o Instituto de Letras e Ciencias Humanas da Universidade do Minho, o Centro de Estudos Galegos da Universidade do Minho, a Unión de Freguesías de Nogueiró e Tenões, a Biblioteca Lucio Craveiro da Silva, a Asociación José Afonso, a Antena 1 e os conservatorios Calouste Gulbenkian de Braga e Bomfim. É dicir, contan co respaldo dunha ampla rede de apoios moi importantes tanto a Norte quere a sur do Miño e tamén por iso poderán vir a reforzar lazos xa establecidos.
Entrevistamos a
Jaime Torres
“Este prémio serve para continuar a progredir e a explorar melhor a convergência de dois povos irmãos”
Jaime Torres explica nesta entrevista que Convergências “surgiu da curiosidade e desejo de conhecer melhor a cultura galega, tão próxima da cultura minhota, e com o objetivo de prestar tributo e homenagem a duas figuras ímpares de cada um dos povos, José Afonso e Rosalia de Castro”. Encoraja também a estudar na Galiza “a língua portuguesa com entusiasmo”. Convergências Galiza-Portugal receberá o prémio especial do júri à Embaixada da amizade galego-lusófona na Gala aRi[t]mar, da Escola Oficial de Idiomas de Compostela, que se celebra o 30 de outubro no Auditório da Galiza.
O que representa para Convergências receberem este prémio?
As Convergências são uma iniciativa promovida pelo Grupo Canto D´Aqui e pela Câmara Municipal de Braga, e muitos outros cúmplices de Portugal e da Galiza, e que tem como objetivo aproximar e promover o intercâmbio das culturas portuguesa e Galega. Esta iniciativa surgiu da curiosidade e desejo de conhecer melhor a cultura galega, tão próxima da cultura minhota, e com o objetivo de prestar tributo e homenagem a duas figuras ímpares de cada um dos povos, José Afonso e Rosália de Castro. Desde a sua primeira edição em 2014 que esta semana, dedicada à poesia e música, tem vindo a crescer e a afirmar-se como uma atividade cultural enriquecedora e que marca já presença indispensável na programação cultural da cidade de Braga. Ver o nosso trabalho reconhecido, representa assim uma grande satisfação e também uma grande responsabilidade, pois serve de mote para continuar a progredir e a explorar melhor a convergência de dois povos irmãos.
Qual acha que é a situação atual da música e da poesia em Portugal?
Uma das figuras que pretendemos homenagear nas convergências é José Afonso, sem dúvida uma figura maior na música em Portugal, marcou e influenciou toda uma nova geração de cantores, compositores, músicos. Podemos contudo dizer que hoje em dia a música portuguesa, feita em Portugal e cantada em português, tem adquirido uma representação progressivamente mais importante no mercado nacional e internacional, e temos assistido ao aparecimento de uma geração de novos artistas, motivados, curiosos e com uma originalidade ímpar que muito têm feito para valorizar a nossa música.
O que se deve pôr em destaque das ligações entre a Galiza e Portugal?
Portugal e Galiza, estão historicamente e geograficamente ligadas desde o seu nascimento. Parafraseando João Verde, poeta minhoto que foi aceite na Real Academia de Letras galega: “vendo-os aqui tão pertinho, a Galiza mais o Minho, são como dois namorados, que o rio traz separados, desde o seu nascimento….”
Qual mensagem gostavam de transmitir às pessoas que estão a aprender português na Galiza?
Diria que se empenhem e estudem a língua portuguesa com entusiasmo, sendo certo que tem vindo a ser crescente a sua influência, no panorama internacional, e cada vez existem mais falantes, da nossa língua comum, temos as mesmas origens, e Galegos e Portugueses estão espalhados pelo mundo inteiro.