Nómada

José Luís Barreto Guimarães

Nómada

Só o amor pára o tempo (só
ele detém a voragem)
rasgámos cidades a meio
(cruzámos rios e lagos)
disponíveis para lugares com nomes
imprønünçiåveis.
É preciso conhecer os mapas
mais ao acaso
(jamais evitar fronteiras
nunca ficar para atrás)
tudo nos deve assombrar como neve
em Abril. Só o amor pára o tempo só
nele perdura o enigma
(lançar pedras sem forma e o lago
devolver círculos).

Nómada.
Pág. 66, Quetzal

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